O salto alto é muito mais do que um acessório de moda, ele carrega séculos e mais séculos de história, simbolismo e transformação cultural.
De ferramenta funcional na cavalaria persa a ícone de empoderamento feminino, essa peça atravessou fronteiras, gêneros e gerações.
Vamos mergulhar nessa trajetória fascinante?! Vem com a gente!
Origens Inesperadas: O Salto na Cavalaria Persa
Acredita-se que os primeiros saltos altos surgiram no século X, usados por cavaleiros persas, apesar de haver artefatos coletados e registros em hieróglifos egípcios de tipos de calçados com salto, há milhares de anos.
O objetivo para os persas era buscar mais estabilidade ao montar cavalos e ao manusear arcos e flechas. Os saltos ajudavam os pés a se fixarem nos estribos, oferecendo mais controle durante o combate.

Já no caso dos egípcios, tudo indica que os calçados com salto alto significavam, num contexto geral, o nível de classe social da qual quem os usava pertencia, bem como até mesmo para que os açougueiros não pisassem em sangue.

Ou seja, o salto alto se popularizou como uma ferramenta de guerra, bem longe da passarela. E ainda demorou mais algum tempo para que a novidade caísse no gosto feminino!
O Rei Luís XIV e o Salto como Símbolo de Poder
No século XVII, o salto alto ganhou um novo significado na Europa. O rei Luís XIV da França, conhecido por sua vaidade e gosto pela ostentação, popularizou o uso de saltos entre os nobres.
Seus famosos saltos vermelhos tornaram-se símbolo de status, poder e exclusividade, tanto que apenas membros da corte tinham permissão para usá-los.

Segundo a BBC, os homens da elite europeia adotaram o salto como forma de demonstrar autoridade e distinção.
Na época, o salto alto era um marcador social — quanto mais alto o salto, maior o prestígio. Inclusive mais à frente, com as botas dos cowboys!
Os espanhóis já usavam sapatos de cano alto e salto sutil, também pensando na montaria e na lida com o gado, no século XVII.
Ao colonizarem as Américas, as atuais botas de cowboy chegaram com eles. Mas com influência direta das cavalarias asiáticas, que falamos antes.
A Transição para o Universo Feminino
Com o passar dos séculos, o salto alto foi gradualmente incorporado ao vestuário feminino. Mulheres passaram a usá-lo como forma de parecerem mais altas, elegantes e sofisticadas, por volta de 1930.
A moda começou a associar o salto à feminilidade, sensualidade e refinamento. Quem ajudou muito nesse processo foi o pessoal de Hollywood, principalmente.
Nos anos 50 vieram os saltos Stiletto, ou os famosos “saltos agulha”, que tomou conta das ruas depois de Merilyn Monroe usar o salto e ainda declarar que não sabia quem havia inventado o salto alto, mas que “todas as mulheres lhe deviam muito”.
A Merilyn Monroe podia até não saber, mas a gente conta: a criação do salto alto Stiletto foi creditada à Salvatore Ferragamo, Roger Vivier e André Perugia.
Durante o século XX, o salto alto se consolidou como peça-chave no guarda-roupa feminino, especialmente em contextos formais e profissionais.
Marcas como Christian Louboutin e Manolo Blahnik transformaram o salto em objeto de desejo e expressão artística.
Salto Alto e Empoderamento: Estilo com Atitude
Hoje, o salto alto é mais do que estética, é uma afirmação de identidade. Muitas mulheres o usam como símbolo de força, confiança e autonomia.
O salto representa atitude em cada passo, seja em reuniões de negócios, eventos sociais, desfiles de moda e até em momentos mais íntimos.
Ao mesmo tempo, movimentos feministas questionaram o uso obrigatório do salto em ambientes corporativos, destacando questões de conforto, saúde e liberdade de escolha.
A moda, então, passou a oferecer alternativas e ressignificações, permitindo que cada mulher decida como e quando usar o salto.
Um Ícone que Transcende Gêneros e Épocas
O salto alto é um exemplo perfeito de como a moda reflete e influencia a sociedade. De cavaleiros persas a fashionistas contemporâneas, ele se reinventou inúmeras vezes, sem perder sua essência de poder e expressão.
Mais do que um sapato, o salto alto é uma narrativa viva. E você, já pensou no que seus sapatos dizem sobre você?
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